Inclusão Social no
Âmbito Escolar
Autores
Adjane da Silva Lima
Antonio Isildo da Silva
Crislane Marques de Oliveira
&Cristiane Amarante&
Cristina Nunes
Daniele Medeiros da Costa Lemos
Daniely da Cunha Bezerra
Davi Querino da Silva
José Alves Filho
José Teixeira Neto
Maria Dayanne de Oliveira Silva
Maria Elizabete Fernandes Carneiro
Maria Liane Fernandes de Oliveira
Maria Verônica da Silva
Micarla Lima da Silva
Paulo Gomes da Silva
Co-autores
Andréia Pereira de Lima Vieira
Cícera Alves da Nóbrega
Márcia Maria Bezerra
Maria de Fátima Costa de Lima
Maria Perpetua do S. S. S. Barbosa
Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino: Ensino
Fundamental
Componente Curricular: Temas Transversais
Tema: Inclusão Social no Âmbito Escolar
Dados da Aula
O que o aluno poderá
aprender com esta aula:
Desenvolver atitudes de
cooperação e respeito às diversidades sociais.
Duração das atividades
8 aulas de 40 minutos
Conhecimentos prévios
trabalhados pelo professor com o aluno
É preciso que os alunos conheçam
conceitos sobre inclusão social.
Estratégias e recursos da
aula
1ª Oficina: Relações-Humanas
Aula 1 e 2
Começamos a aula com o momento de
reflexão e relaxamento, acolhendo-os com uma música do cantor Kenny G. Link:http://www.4shared.com/file/fkiWMe5f/Sax_Soprano_Kenny_G_DB.html
Acolhida: Conhecendo a mim e
ao outro
Objetivo: refletir sobre
nosso comportamento conosco e com os outros
Material: aparelho de som,
músicas para relaxamento.
Desenvolvimento: iniciar
com uma música ao fundo que proporcione um momento de relaxamento. Após alguns
minutos em sintonia com o ritmo da música, as ministrantes direcionaram ao
grupo, gestos e palavras de forma a fazê-los relaxar e entrar em contato com
seu íntimo. Em seguida, a socialização de alguns gestos, como um abraço bem
apertado.
Essa dinâmica proporciona tanto
um relaxamento íntimo quanto um momento de conhecimento do outro, pois a medida
que você entra em sintonia com seu eu, e passa adiante socializando com os
demais, passa a sentir o outro mais profundamente, pois, o abraço, tido como
exemplo, tende a ser mais apertado, mais fraterno.
Dinâmica: Mancha ou ponto
Objetivo: revisão de vida.
Material: uma folha branca
com um ponto escuro ou mancha, bem no centro da mesa.
Desenvolvimento: mostrar
ao grupo a folha com o ponto ou mancha no centro.
Depois de um minuto de
observação silenciosa, pedir que se expressem descrevendo o que viram.
Provavelmente a maioria se
deterá no ponto escuro.
Pedir, então, que tirem
conclusões práticas.
Exemplo: em geral, nos
apresentamos nos aspectos negativos dos acontecimentos, das pessoas, esquecendo-nos
do seu lado luminoso que, quase sempre, é maior.
Dinâmica: O Helicóptero
Objetivo: entrosamento e
individualismo e/ou coletivismo.
Material: Bombons de cores
diferentes para separação dos grupos, sons que imitem alguns elementos da
história narrada.
Desenvolvimento: (duração
40 minutos).
Faz-se um círculo com os
participantes da reunião.
O coordenador convida a todos a
fazerem um passeio de barco a remo. Inicia-se o passeio. Todos devem fazer
gestos com os braços, como se estivessem remando.
O coordenador anuncia a chegada à
ilha. Todos podem passear por ela, à vontade (todos passeiam pela sala e
cumprimentam o companheiro).
O coordenador anuncia a todos que
houve um maremoto e a ilha vai se inundada. Por isso, virá um helicóptero para
resgatar o grupo. Porém ele não comporta todos de uma vez. O grupo deverá
organizar rapidamente seguindo as orientações.
a) O helicóptero chegou. Ele
levará dez pessoas.
b) O helicóptero voltou. Desta
vez levará oito pessoas, e estas devem ser de grupos distintos.
c) Nosso helicóptero deu pane no
motor. Veio desta vez um menor. Só levará quatro pessoas e devem ser uma de
cada grupo. Quem não seguir orientação poderá ser jogado no mar.
d) O helicóptero esta aí
novamente. Vai levar duas pessoas, devido ao perigo de afogamento. Mas continua
a exigência, o grupo deve ser formado por pessoas de apenas dois grupos
diferentes.
e) O helicóptero não pode voltar
mais. Acabou o combustível. Temos que sair de barco. Há uma exigência
fundamental: levar uma pessoa de um grupo sorteado aleatoriamente.
f) Anuncia que todos foram
salvos.
NOTA: Percebe-se que
algumas pessoas vão querer salvar a si mesmo, apenas isso, sem pensar em nenhum
momento no outro. Levantar questionamentos acerca disso: até que ponto ou em
quais circunstâncias o outro é visto na minha vida.
Com os grupos formados, a partir
dos bombons e da dinâmica, direcioná-los às salas que corresponderão as suas
respectivas cores.
Aula 3
O grupo de
alunos foi dividido em subgrupos encaminhados para quatro salas onde fizeram as
seguintes atividades:
Dinâmica: Riqueza dos nomes
Participantes: Indefinido.
Tempo Estimado: 30
minutos.
Material: Tiras de papel
ou cartolina, pincel atômico ou caneta hidrográfica, cartaz para escrever as
palavras montadas ou quadro-negro.
Descrição: Os
participantes de um grupo novo são convidados pelo coordenador a andar pela
sala se olhando, enquanto uma música toca.
Quando o som para, escolher um
par e ficar ao lado dele (a). Cumprimentar-se de alguma forma, com algum gesto
(aperto de mão, abraço, beijo no rosto e etc).
Colocar novamente os pares a
andar pela sala (desta vez são os dois andando juntos). Assim que para a
música, devem se associar a outro par (fica o grupo com quatro pessoas).
Cada participante do grupo
composto de quatro pessoas recebe uma cartolina e coloca nela seu nome (tira de
papel também serve).
Após mostrar o nome para os
outros três companheiros, os participantes deste pequeno grupo juntarão uma
palavra com estas sílabas (servem apenas as letras).
Exemplo: Anderson + JÚlio
+ DAiane = Ajuda
Aírton + RoMIlton + ZAira +
SanDEr = Amizade
Colocar a palavra formada num
quadro-negro ou cartolina e o grupo falará sobre ela e sua importância na vida.
Dinâmica: Números
Objetivos: Conhecimentos
Pessoais.
Material: Cartões com
números diferentes.
Desenvolvimento: Cada
participante recebe um número que não deve ser mostrado para ninguém.
Dada a ordem, cada um vai
procurar o número igual e não acha.
Comentam-se as conclusões tiradas
(Somos únicos e irrepetíveis perante o outro).
Nas salas, os grupos fizeram uma
apresentação sobre o tema abordado para que seja socializada para o grupo
maior.
Aula 4
As apresentações feitas em cada
sala foram apresentadas, tais acróstico, música, poema, mensagem, dramatização,
entre outros.
Após esse momento, foi feita a
leitura compartilhada do livro de literatura infantil: Menina bonita do laço de
fita, Ana Maria Machado, para que depois os alunos dramatizem na culminância do
projeto, ou seja, na última oficina. http://encantoinfantil.blogspot.com/2008/12/menina-bonita-do-lao-de-fita.html
2ª Oficina
Aula 5 e 6
Dinâmica: Quem é
o mais diferente?
Aprender a não discriminar é um exercício novo que exige
dedicação e estudo. Primeiro passo: diagnosticar o que são ações de
discriminação; segundo passo: entender o que são ações de não discriminação;
Terceiro passo: começar a se exercitar no processo de
não-discriminação. Estamos tão habituados a discriminar e a hierarquizar
condições humanas que achamos naturais algumas reações nossas e de outras
pessoas que, muitas vezes, são altamente segregadoras. A maioria das ações de
discriminação ocorre em nome do excesso de proteção a quem consideramos estar
em desvantagem por qualquer razão, principalmente em “desvantagem intelectual”.
Em 8 de outubro de 2001, a presidência da República
assinou o Decreto nº 3.956 que ratifica, como Lei brasileira, a chamada
Convenção da Guatemala, nome genérico para a Convenção Interamericana para a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de
Deficiência.
Vimos no início que esta Convenção é a base para qualquer
estudo sobre o que é ou não discriminar pessoas com deficiência.
Esta dinâmica, que busca apontar “o mais diferente”, tem
por objetivo valorizar as diferenças como o único caminho para o exercício de
direitos iguais entre as pessoas. Ao contrário do que caracteriza o senso
comum, não há nada de errado em apontarmos nossas diferenças, elas não são
erros, equívocos, problemas, defeitos etc. São partes de nós mesmos. Procurar
as diferenças - próprias e dos outros - é um exercício que expande e estimula
as reflexões que nos levarão à construção de uma sociedade inclusiva.
Pedido-chave – Essa dinâmica funciona de maneira
parecida à anterior. Ao ouvir o número três (o oficineiro conta de um a três)
cada um, de pé na roda, vai se dirigir para a pessoa do grupo que considerar
mais diferente de si própria, por qualquer razão. Ao tocar essa pessoa, deve
ficar junto dela. E caso essa pessoa esteja andando atrás do seu “mais
diferente”? Vá atrás dela até tocá-la ou até ouvir o oficineiro dizer “parou”.
Na prática, às vezes temos 4, 5 pessoas juntas, porque foram sendo seguidas. Ao
ouvirem o “parou” do oficineiro, as pessoas devem novamente se organizar em uma
grande roda, mas agora em um novo lugar, perto das pessoas que procurou ou
pelas quais foi procurada. Todos rearrumados? Então o oficineiro pede a cada um
da roda que diga porque razão escolheu esta ou aquela pessoa. Caso o tempo
esteja curto, não pergunte a todos. Escolha umas duas ou três pessoas para
falarem. Ou simplesmente pergunte: “quem quer falar?”
Introdução ao pedido-chave – A introdução a esta
dinâmica é tão simples como a da anterior. Basta pedir que os participantes se
levantem e ouçam com atenção o oficineiro. Não há necessidade de qualquer
explicação extra, a não ser que no grupo existam pessoas sem condições de
participar. Todas as recomendações da Dinâmica 5 valem para esta também.
Como deve ser feita - A todos os participantes da
roda, que devem agir simultaneamente assim que o oficineiro pronunciar o número
três. Atenção oficineiro: só dê início a esta dinâmica depois de se certificar
que todos os participantes da oficina a compreenderam e têm como realizá-la,
inclusive as pessoas com deficiência.
Respostas mais comuns ao pedido-chave – “Diferente
como?”; “pode ser por causa da roupa?”, “pode ser por causa do jeito de falar?”
etc.
Comentários do oficineiro – Pode tudo, mas o
oficineiro deve ser cuidadoso para, com suas explicações sobre a dinâmica, não
influenciar os participantes a procurar esta ou aquela pessoa. Evite dar
exemplos. Depois de terminada a dinâmica, o oficineiro deve apenas perguntar:
“o que é mais fácil, procurar o mais igual ou o mais diferente?”. As pessoas
costumam responder que procurar o mais diferente é mais difícil. Essa é uma
constatação natural porque, apesar de sermos mais diferentes do que iguais, não
nos ensinaram a nos unirmos ou a nos agruparmos pelas diferenças, e sim pelas
semelhanças. Caso o grupo responda que o mais difícil é procurar o mais igual,
o oficineiro deve ter a resposta na ponta da língua.
Procurar o mais igual contraria a própria diversidade da
natureza humana, mas fomos treinados para agir assim. Qualquer pessoa na roda
pode ser o mais diferente, mas isso só pode ser falado ao grupo como a
conclusão dessa dinâmica.
Problema Social
Seu Jorge
Seu Jorge
Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
Nem o bom menino que vendeu limão
Trabalhou na feira pra comprar seu pão
Não aprendia as maldades que essa vida tem
Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguémNão seria um peregrino nesse imenso mundo cão
Nem o bom menino que vendeu limão
Trabalhou na feira pra comprar seu pão
Não aprendia as maldades que essa vida tem
Juro que nem conhecia a famosa Funabem
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém
Seria um intelectual
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
Muitos me chamam de pivete
Mas poucos me deram um apoio moral
Se eu pudesse eu não seria um problema social.
Para conversar:
- As oportunidades que as pessoas têm na vida, influenciam
suas escolhas?
- Você conhece experiências em que as pessoas puderam crescer devido às oportunidades que tiveram?
- Que realidades influenciam para que jovens se envolvam na criminalidade?
- Quando falamos em ações afirmativas, o que é preciso considerar?
- Você conhece experiências em que as pessoas puderam crescer devido às oportunidades que tiveram?
- Que realidades influenciam para que jovens se envolvam na criminalidade?
- Quando falamos em ações afirmativas, o que é preciso considerar?
2ª atividade: Trabalhar com imagens que representem Bulling e após os alunos apresentam uma dramatização com base no ritmo da música de Sandra de Sá. http://www.4shared.com/get/KXQacQNE/Sandra_de_S_-_Joga_fora_no_lix.html
Oportunidades
desiguais
Objetivo: refletir
sobre a desigualdade de renda e de oportunidades na vida dos jovens; sobre a
importância das ações afirmativas que buscam incluir a juventude negra.
Objetivo secundário:
perceber quais elementos compõem um bom currículo (apresentação, conteúdo,
concisão etc.)
Descrição da dinâmica
Explicar que o objetivo da dinâmica é a
elaboração e apresentação ao grupo do Currículo de Vida de um jovem para o seu
primeiro emprego. E para simular uma situação de contratação o grupo vai
escolher ao final o currículo melhor apresentado.
Dividir o grupo em três e conduzir cada subgrupo
a um lugar diferente, onde poderão elaborar o currículo. Sem que os grupos
saibam, preparar cada ambiente de forma desigual:
Grupo 1 - ambiente com
bastante material: jornais, revistas, tesoura, lápis (diversas cores), giz de
cera, borracha, réguas, cola, cartolinas coloridas, fitas, roupas elegantes,
roteiro completo explicando o que se precisa para fazer um bom currículo (ver
abaixo o Anexo 1 ou pode-se fazer uma pesquisa). Pode-se também deixar
equipamentos à disposição do grupo para se usar música ou efeitos na
apresentação e o que mais se possa inventar.
Grupo 2 - ambiente
mais simples com menos material: tesoura, jornais, cartolina branca, cola, dois
canetões com cores diferentes e uma folha com apenas o essencial para se
elaborar um currículo (ver Anexo 2 ou pode-se inventar).
Grupo 3 - ambiente com
poucos recursos: papel pardo, fita adesiva e um canetão preto. Caso o grupo
tenha dúvidas, as orientações devem ser passadas oralmente e muito rápido.
Pode-se deixar de 15 a 20 minutos para a
preparação do currículo. Uma maneira de incrementar a dinâmica é chamar
primeiro o Grupo 3 para a sala e quando este chegar, chamar o Grupo 2 e só
depois que este chegar, chamar o Grupo 1 (que, além de tudo, terá mais tempo
para preparação). Caso os membros dos outros grupos questionem, inventar uma
desculpa como: “Eles já estão terminando” etc.).
Obs.: é importante que os grupos não
tenham contato e só venham a descobrir a desigualdade (de tempo e de material)
no momento da apresentação.
A ordem de apresentação poderá ser: Grupo 1, Grupo
2 e por último o Grupo 3 (que chegou primeiro na sala!). No momento da
apresentação, o(a) coordenador(a) pode mostrar-se mais interessado dando mais
tempo e fazendo perguntas para o primeiro grupo, um pouco menos para o segundo
e menos ainda para o terceiro.
Perceber a reação dos jovens e ir conduzindo as
“entrevistas” até que todos se apresentem.
Questões:
- O que percebemos na dinâmica? O que isso tem a ver com a vida real? O que
isso provocou?
- Que Políticas Públicas seriam necessárias para diminuir essas diferenças?
Como o nosso grupo pode contribuir?
- O que aconteceria se todos os jovens de nossa cidade tivessem um currículo
excelente? Haveria emprego para todos?
Muitos jovens acham que todos os problemas estão
resolvidos se tivermos um bom currículo e formos “competitivos no mercado”.
Será que basta? O que já ouvimos sobre as Ações Afirmativas? http://www.mundojovem.com.br/subsidios-dinamicas-19.php
- Dinâmica: Sentindo na pele
Coloca-se um cesto no centro da sala e três voluntários vão
mostrar tipos de deficiência, como a visual, motora e surdo. Dá-se uma bola ao
deficiente visual, e este tem que colocá-la no cesto, no entanto, os outros
poderão auxiliá-lo nesta tarefa.
Em seguida, abre discussão acerca do que foi entendido da
dinâmica, das dificuldades e sensações em sentir-se por alguns instantes como
um deficiente.
Aula 7
Apresentação das atividades desenvolvidas em sala de aula em um espaço maior da escola, com a participação dos alunos.
Aula 8
Dramatização do livro de literatura infantil: Menina bonita
do laço de fita, Ana Maria Machado.
Alunos de todas as séries participaram da dramatização do livro cuja
narradora foi a professora Adjane.
Recursos Complementares
Avaliação
A dinâmica da avaliação se deu nos campos procedimentais
e atitudinais para promover a construção de valores socialmente desejáveis e
para a construção de uma escola inclusiva por meio dos
trabalhos em sala e durante a culminância no pátio da escola
com apresentação dos resultados voltados para o conhecimento e desenvolvimento
das experiências realizadas na aula.