quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PROJETO INCLUSÃO SOCIAL NO ÂMBITO ESCOLAR


Inclusão Social no Âmbito Escolar

 Autores

Adjane da Silva Lima
Antonio Isildo da Silva
Crislane Marques de Oliveira
&Cristiane Amarante&
Cristina Nunes
Daniele Medeiros da Costa Lemos
Daniely da Cunha Bezerra
Davi Querino da Silva
José Alves Filho
José Teixeira Neto
Maria Dayanne de Oliveira Silva
Maria Elizabete Fernandes Carneiro
Maria Liane Fernandes de Oliveira
Maria Verônica da Silva
Micarla Lima da Silva
Paulo Gomes da Silva

Co-autores
Andréia Pereira de Lima Vieira
Cícera Alves da Nóbrega
Márcia Maria Bezerra
Maria de Fátima Costa de Lima
Maria Perpetua do S. S. S. Barbosa

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino: Ensino Fundamental

Componente Curricular: Temas Transversais

Tema: Inclusão Social no Âmbito Escolar

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Desenvolver atitudes de cooperação e respeito às diversidades sociais.
Duração das atividades

8 aulas de 40 minutos

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
É preciso que os alunos conheçam conceitos sobre inclusão social.
 
Estratégias e recursos da aula


1ª Oficina: Relações-Humanas

Aula 1 e 2

Começamos a aula com o momento de reflexão e relaxamento, acolhendo-os com uma música do cantor Kenny G. Link:http://www.4shared.com/file/fkiWMe5f/Sax_Soprano_Kenny_G_DB.html

Acolhida: Conhecendo a mim e ao outro
Objetivo: refletir sobre nosso comportamento conosco e com os outros
Material: aparelho de som, músicas para relaxamento.
Desenvolvimento: iniciar com uma música ao fundo que proporcione um momento de relaxamento. Após alguns minutos em sintonia com o ritmo da música, as ministrantes direcionaram ao grupo, gestos e palavras de forma a fazê-los relaxar e entrar em contato com seu íntimo. Em seguida, a socialização de alguns gestos, como um abraço bem apertado.
Essa dinâmica proporciona tanto um relaxamento íntimo quanto um momento de conhecimento do outro, pois a medida que você entra em sintonia com seu eu, e passa adiante socializando com os demais, passa a sentir o outro mais profundamente, pois, o abraço, tido como exemplo, tende a ser mais apertado, mais fraterno.

Dinâmica: Mancha ou ponto
Objetivo: revisão de vida.
Material: uma folha branca com um ponto escuro ou mancha, bem no centro da mesa.
Desenvolvimento: mostrar ao grupo a folha com o ponto ou mancha no centro.
Depois de um minuto de observação silenciosa, pedir que se expressem descrevendo o que viram.
Provavelmente a maioria se deterá no ponto escuro.
Pedir, então, que tirem conclusões práticas.
Exemplo: em geral, nos apresentamos nos aspectos negativos dos acontecimentos, das pessoas, esquecendo-nos do seu lado luminoso que, quase sempre, é maior.

Dinâmica: O Helicóptero
Objetivo: entrosamento e individualismo e/ou coletivismo.
Material: Bombons de cores diferentes para separação dos grupos, sons que imitem alguns elementos da história narrada.
Desenvolvimento: (duração 40 minutos).
Faz-se um círculo com os participantes da reunião.
O coordenador convida a todos a fazerem um passeio de barco a remo. Inicia-se o passeio. Todos devem fazer gestos com os braços, como se estivessem remando.
O coordenador anuncia a chegada à ilha. Todos podem passear por ela, à vontade (todos passeiam pela sala e cumprimentam o companheiro).
O coordenador anuncia a todos que houve um maremoto e a ilha vai se inundada. Por isso, virá um helicóptero para resgatar o grupo. Porém ele não comporta todos de uma vez. O grupo deverá organizar rapidamente seguindo as orientações.
a) O helicóptero chegou. Ele levará dez pessoas.
b) O helicóptero voltou. Desta vez levará oito pessoas, e estas devem ser de grupos distintos.
c) Nosso helicóptero deu pane no motor. Veio desta vez um menor. Só levará quatro pessoas e devem ser uma de cada grupo. Quem não seguir orientação poderá ser jogado no mar.
d) O helicóptero esta aí novamente. Vai levar duas pessoas, devido ao perigo de afogamento. Mas continua a exigência, o grupo deve ser formado por pessoas de apenas dois grupos diferentes.
e) O helicóptero não pode voltar mais. Acabou o combustível. Temos que sair de barco. Há uma exigência fundamental: levar uma pessoa de um grupo sorteado aleatoriamente.
f) Anuncia que todos foram salvos.
NOTA: Percebe-se que algumas pessoas vão querer salvar a si mesmo, apenas isso, sem pensar em nenhum momento no outro. Levantar questionamentos acerca disso: até que ponto ou em quais circunstâncias o outro é visto na minha vida.
Com os grupos formados, a partir dos bombons e da dinâmica, direcioná-los às salas que corresponderão as suas respectivas cores.

Aula 3

O grupo de alunos foi dividido em subgrupos encaminhados para quatro salas onde fizeram as seguintes atividades:

Dinâmica: Riqueza dos nomes
Participantes: Indefinido.
Tempo Estimado: 30 minutos.
Material: Tiras de papel ou cartolina, pincel atômico ou caneta hidrográfica, cartaz para escrever as palavras montadas ou quadro-negro.
Descrição: Os participantes de um grupo novo são convidados pelo coordenador a andar pela sala se olhando, enquanto uma música toca.
Quando o som para, escolher um par e ficar ao lado dele (a). Cumprimentar-se de alguma forma, com algum gesto (aperto de mão, abraço, beijo no rosto e etc).
Colocar novamente os pares a andar pela sala (desta vez são os dois andando juntos). Assim que para a música, devem se associar a outro par (fica o grupo com quatro pessoas).
Cada participante do grupo composto de quatro pessoas recebe uma cartolina e coloca nela seu nome (tira de papel também serve).
Após mostrar o nome para os outros três companheiros, os participantes deste pequeno grupo juntarão uma palavra com estas sílabas (servem apenas as letras).
Exemplo: Anderson + JÚlio + DAiane = Ajuda
Aírton + RoMIlton + ZAira + SanDEr = Amizade
Colocar a palavra formada num quadro-negro ou cartolina e o grupo falará sobre ela e sua importância na vida.

Dinâmica: Números
Objetivos: Conhecimentos Pessoais.
Material: Cartões com números diferentes.
Desenvolvimento: Cada participante recebe um número que não deve ser mostrado para ninguém.
Dada a ordem, cada um vai procurar o número igual e não acha.
Comentam-se as conclusões tiradas (Somos únicos e irrepetíveis perante o outro).

Nas salas, os grupos fizeram uma apresentação sobre o tema abordado para que seja socializada para o grupo maior.

Aula 4
As apresentações feitas em cada sala foram apresentadas, tais acróstico, música, poema, mensagem, dramatização, entre outros.

Após esse momento, foi feita a leitura compartilhada do livro de literatura infantil: Menina bonita do laço de fita, Ana Maria Machado, para que depois os alunos dramatizem na culminância do projeto, ou seja, na última oficina. http://encantoinfantil.blogspot.com/2008/12/menina-bonita-do-lao-de-fita.html


2ª Oficina

Aula 5 e 6

Dinâmica:  Quem é o mais diferente?
Aprender a não discriminar é um exercício novo que exige dedicação e estudo. Primeiro passo: diagnosticar o que são ações de discriminação; segundo passo: entender o que são ações de não discriminação;
Terceiro passo: começar a se exercitar no processo de não-discriminação. Estamos tão habituados a discriminar e a hierarquizar condições humanas que achamos naturais algumas reações nossas e de outras pessoas que, muitas vezes, são altamente segregadoras. A maioria das ações de discriminação ocorre em nome do excesso de proteção a quem consideramos estar em desvantagem por qualquer razão, principalmente em “desvantagem intelectual”.
Em 8 de outubro de 2001, a presidência da República assinou o Decreto nº 3.956 que ratifica, como Lei brasileira, a chamada Convenção da Guatemala, nome genérico para a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.
Vimos no início que esta Convenção é a base para qualquer estudo sobre o que é ou não discriminar pessoas com deficiência.
Esta dinâmica, que busca apontar “o mais diferente”, tem por objetivo valorizar as diferenças como o único caminho para o exercício de direitos iguais entre as pessoas. Ao contrário do que caracteriza o senso comum, não há nada de errado em apontarmos nossas diferenças, elas não são erros, equívocos, problemas, defeitos etc. São partes de nós mesmos. Procurar as diferenças - próprias e dos outros - é um exercício que expande e estimula as reflexões que nos levarão à construção de uma sociedade inclusiva.
Pedido-chave – Essa dinâmica funciona de maneira parecida à anterior. Ao ouvir o número três (o oficineiro conta de um a três) cada um, de pé na roda, vai se dirigir para a pessoa do grupo que considerar mais diferente de si própria, por qualquer razão. Ao tocar essa pessoa, deve ficar junto dela. E caso essa pessoa esteja andando atrás do seu “mais diferente”? Vá atrás dela até tocá-la ou até ouvir o oficineiro dizer “parou”. Na prática, às vezes temos 4, 5 pessoas juntas, porque foram sendo seguidas. Ao ouvirem o “parou” do oficineiro, as pessoas devem novamente se organizar em uma grande roda, mas agora em um novo lugar, perto das pessoas que procurou ou pelas quais foi procurada. Todos rearrumados? Então o oficineiro pede a cada um da roda que diga porque razão escolheu esta ou aquela pessoa. Caso o tempo esteja curto, não pergunte a todos. Escolha umas duas ou três pessoas para falarem. Ou simplesmente pergunte: “quem quer falar?”
Introdução ao pedido-chave – A introdução a esta dinâmica é tão simples como a da anterior. Basta pedir que os participantes se levantem e ouçam com atenção o oficineiro. Não há necessidade de qualquer explicação extra, a não ser que no grupo existam pessoas sem condições de participar. Todas as recomendações da Dinâmica 5 valem para esta também.
Como deve ser feita - A todos os participantes da roda, que devem agir simultaneamente assim que o oficineiro pronunciar o número três. Atenção oficineiro: só dê início a esta dinâmica depois de se certificar que todos os participantes da oficina a compreenderam e têm como realizá-la, inclusive as pessoas com deficiência.
Respostas mais comuns ao pedido-chave – “Diferente como?”; “pode ser por causa da roupa?”, “pode ser por causa do jeito de falar?” etc.
Comentários do oficineiro – Pode tudo, mas o oficineiro deve ser cuidadoso para, com suas explicações sobre a dinâmica, não influenciar os participantes a procurar esta ou aquela pessoa. Evite dar exemplos. Depois de terminada a dinâmica, o oficineiro deve apenas perguntar: “o que é mais fácil, procurar o mais igual ou o mais diferente?”. As pessoas costumam responder que procurar o mais diferente é mais difícil. Essa é uma constatação natural porque, apesar de sermos mais diferentes do que iguais, não nos ensinaram a nos unirmos ou a nos agruparmos pelas diferenças, e sim pelas semelhanças. Caso o grupo responda que o mais difícil é procurar o mais igual, o oficineiro deve ter a resposta na ponta da língua.
Procurar o mais igual contraria a própria diversidade da natureza humana, mas fomos treinados para agir assim. Qualquer pessoa na roda pode ser o mais diferente, mas isso só pode ser falado ao grupo como a conclusão dessa dinâmica.

Problema Social
Seu Jorge
Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
Nem o bom menino que vendeu limão
Trabalhou na feira pra comprar seu pão
Não aprendia as maldades que essa vida tem
Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém
Juro que nem conhecia a famosa Funabem
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém
Seria um intelectual
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal

Muitos me chamam de pivete
Mas poucos me deram um apoio moral
Se eu pudesse eu não seria um problema social.
Para conversar:
- As oportunidades que as pessoas têm na vida, influenciam suas escolhas?
- Você conhece experiências em que as pessoas puderam crescer devido às oportunidades que tiveram?
- Que realidades influenciam para que jovens se envolvam na criminalidade?
- Quando falamos em ações afirmativas, o que é preciso considerar?

2ª atividade: Trabalhar com imagens que representem Bulling e após os alunos apresentam uma dramatização com base no ritmo da música de Sandra de Sá. http://www.4shared.com/get/KXQacQNE/Sandra_de_S_-_Joga_fora_no_lix.html


Oportunidades desiguais

Objetivo: refletir sobre a desigualdade de renda e de oportunidades na vida dos jovens; sobre a importância das ações afirmativas que buscam incluir a juventude negra.

Objetivo secundário: perceber quais elementos compõem um bom currículo (apresentação, conteúdo, concisão etc.)

Descrição da dinâmica
     Explicar que o objetivo da dinâmica é a elaboração e apresentação ao grupo do Currículo de Vida de um jovem para o seu primeiro emprego. E para simular uma situação de contratação o grupo vai escolher ao final o currículo melhor apresentado.
     Dividir o grupo em três e conduzir cada subgrupo a um lugar diferente, onde poderão elaborar o currículo. Sem que os grupos saibam, preparar cada ambiente de forma desigual:
Grupo 1 - ambiente com bastante material: jornais, revistas, tesoura, lápis (diversas cores), giz de cera, borracha, réguas, cola, cartolinas coloridas, fitas, roupas elegantes, roteiro completo explicando o que se precisa para fazer um bom currículo (ver abaixo o Anexo 1 ou pode-se fazer uma pesquisa). Pode-se também deixar equipamentos à disposição do grupo para se usar música ou efeitos na apresentação e o que mais se possa inventar.
Grupo 2 - ambiente mais simples com menos material: tesoura, jornais, cartolina branca, cola, dois canetões com cores diferentes e uma folha com apenas o essencial para se elaborar um currículo (ver Anexo 2 ou pode-se inventar).
Grupo 3 - ambiente com poucos recursos: papel pardo, fita adesiva e um canetão preto. Caso o grupo tenha dúvidas, as orientações devem ser passadas oralmente e muito rápido.
     Pode-se deixar de 15 a 20 minutos para a preparação do currículo. Uma maneira de incrementar a dinâmica é chamar primeiro o Grupo 3 para a sala e quando este chegar, chamar o Grupo 2 e só depois que este chegar, chamar o Grupo 1 (que, além de tudo, terá mais tempo para preparação). Caso os membros dos outros grupos questionem, inventar uma desculpa como: “Eles já estão terminando” etc.).
Obs.: é importante que os grupos não tenham contato e só venham a descobrir a desigualdade (de tempo e de material) no momento da apresentação.
     A ordem de apresentação poderá ser: Grupo 1, Grupo 2 e por último o Grupo 3 (que chegou primeiro na sala!). No momento da apresentação, o(a) coordenador(a) pode mostrar-se mais interessado dando mais tempo e fazendo perguntas para o primeiro grupo, um pouco menos para o segundo e menos ainda para o terceiro.
     Perceber a reação dos jovens e ir conduzindo as “entrevistas” até que todos se apresentem.
Questões:
- O que percebemos na dinâmica? O que isso tem a ver com a vida real? O que isso provocou?
- Que Políticas Públicas seriam necessárias para diminuir essas diferenças? Como o nosso grupo pode contribuir?
- O que aconteceria se todos os jovens de nossa cidade tivessem um currículo excelente? Haveria emprego para todos?
     Muitos jovens acham que todos os problemas estão resolvidos se tivermos um bom currículo e formos “competitivos no mercado”. Será que basta? O que já ouvimos sobre as Ações Afirmativas? http://www.mundojovem.com.br/subsidios-dinamicas-19.php

- Dinâmica: Sentindo na pele
Coloca-se um cesto no centro da sala e três voluntários vão mostrar tipos de deficiência, como a visual, motora e surdo. Dá-se uma bola ao deficiente visual, e este tem que colocá-la no cesto, no entanto, os outros poderão auxiliá-lo nesta tarefa.
Em seguida, abre discussão acerca do que foi entendido da dinâmica, das dificuldades e sensações em sentir-se por alguns instantes como um deficiente.





Aula 7





Apresentação das atividades desenvolvidas em sala de aula em um espaço maior da escola, com a participação dos alunos.

Aula 8

Dramatização do livro de literatura infantil: Menina bonita do laço de fita, Ana Maria Machado.  Alunos de todas as séries participaram da dramatização do livro cuja narradora foi a professora Adjane.
Recursos Complementares

Avaliação

A dinâmica da avaliação se deu nos campos procedimentais e atitudinais para promover a construção de valores socialmente desejáveis e para a construção de uma escola inclusiva por meio dos
trabalhos em sala e durante a culminância no pátio da escola com apresentação dos resultados voltados para o conhecimento e desenvolvimento das experiências realizadas na aula.